A Junta Militar que governa Myanmar manteve bloqueado pelo segundo dia consecutivo o acesso à internet, numa tentaiva de isolar o país antes da visita do enviado da Organização das Nações Unidas [ONU], Ibrahim Gambari. A medida foi tomada devido ao intenso fluxo de informações circulando na rede sobre as manifestações realizados pelos monges e com a participação de uma parcela significativa da população.
Protestos
Há cerca de dois meses, monges e grupos civis de Myanmar promovem mobilizações pedindo a liberdade política no país, governado por uma Junta Militar. Os protestos realizados reuniram milhares de pessoas em várias cidades do país.
Os manifestantes usam celulares para fazer vídeos, fotos e enviar informações sobre as manifestações. Por causa disso, o Governo birmanês já tinha bloquedo o sinal de telefonia móvel nas áreas onde ocorrem as mobilizações em outras ocasiões. Os jornalistas estrangeiros estão proibidos de entrar no país. Por isso, a maioria das informações sobre as mobilizações são repassadas pela internet. Com o bloqueio dela, as notícias que chegam sobre o país são apenas através do meio de comunicação estatal, que é controlado pela Junta Militar.
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