quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Agora é a vez das novas redes sociais


A expansão da internet tem potencializado os processos de construção colaborativa. Evoluimos do modelo "um para todos" para o modelo "muitos para muitos". A Web 2.0 é o objeto central dessa potencialização. É dessa temática que Gilson Schwartz e André Leme Fleury tratam em um artigo, publicado na Revista Valor e disponibilizado no Observatório do Direito à Comunicação. Lembrando que no dia 19, o professor Dr. Gilson Schwartz estará participando, em Salvador, do Ciclo Interncional de debates sobre Cibercultura. O tema desse mês é aDivisão Digital.

Abaixo algumas partes desse texto.

"Cada vez mais, o grau de abertura para as redes sociais pode ser decisivo para a riqueza dos sistemas empresariais e produtivos. Essa é a lição estampada tanto em projetos projetos mais 'sérios' ou profissionalizantes de conexão aberta entre indivíduos e organizações (como a Cidade do Conhecimento da USP e redes profissionais globais como 'Linked In') quanto em espaços desenhados com foco no entretenimento ou auto-ajuda (como Orkut eoutras redes juvenis, de orientação sexual ou solidariedade e demais serviços sociais).


A difusão de redes sociais digitais prenuncia em pleno capitalismo do conhecimento o surgimento de uma economia da colaboração, a consolidação de ações do terceiro setor e de responsabilidade social empresarial e a revalorização de ações e instituições de interesse público.


É a emergência do Capitalismo 3.0 a partir da Web 2.0. O termo, criado por Peter Barnes (eleito em 1995 o empresário socialmente responsável do ano nos EUA), coloca em primeiro plano a necessidade de mudanças sociais e econômicas para que o potencial das novas tecnologias seja melhor aproveitado.


Nem tudo ao Estado, nem dominância absoluta do mercado, ganham importância nos novos direitos associados a redes intangíveis que refletem uma inteligência cívica tão importante para cidadãos quanto para empresas e organizações sociais. O 'creative commons' é o exemplo hoje mais conhecido de reforma capitalista associada ao controle social das redes digitais. Na Web 2.0 não faz sentido separar o real do digital. A competição e o mercado jamais serão os mesmos agora que o ecossistema capitalista combina territórios proprietários e não-proprietários.


O exemplo mais recente da migração para novas formas de vida digital é o Second Life, onde a Cidade do Conhecimento 2.0 lidera a criação de territórios de interesse público, sem fins lucrativos, autênticas incubadoras de projetos sociais, educacionais, ambientais, culturais e de empreendedorismo tecnológico associados à emergente semântica web.

A economia global começa a mudar seu sistema operacional. A vivência digital imersiva, marcada pela percepção não-linear, audiovisual e em profundidades e campos novos intriga pesquisadores, mercados e governos. Diante da inovação tecnológica acelerada, a única resposta possívelé intensificar nossa capacidade de criar sistemas produtivos onde ocorram 'pari passu' processos de crescimento e distribuição de riqueza, renda e poder.


As redes digitais, operadas como processos de construção colaborativa de conhecimento e informação, podem guardar a chave para participarmos como sociedade aberta e criativa, em condições de igualdade, nos novos mercados competitivos globais."


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