Mídias locativas

Nesse mês, o ciclo de debates sobre cibercultura tratou da temática mídias locativas e tecnologias digitais móveis. No ínicio do ano, sob a orientação do professor André Lemos, escrevi um pequeno texto entitulado "Mídias locativas e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS) ". Abaixo alguns trechos desse texto.

Trechos:

Mídia locativa é um conjunto de tecnologias comunicacionais na qual o conteúdo da informação está associado a uma posição física específica. Isto é, através dos dispositivos móveis digitais e dos sistemas de informação é possível encontrar informações sobre os lugares naqueles lugares. Há uma fusão de vários tipos de informação e dos meios dentro dos limites das paisagens geográficas específicas. As mídias locativas reúnem informação criando novas formas do urbano. Agregam pessoas nas zonas de acesso às redes de telefonia celular, nas trocas SMS, fotos e vídeos, nas áreas WI-FI, além das etiquetas RFID. As mídias locativas possibilitam trocas de informações em mobilidade, fornecendo dados dinâmicos sobre o local, gerando nele novas significações.

As Mídias locativas provocam um redimensionamento das práticas sociais e uma reconfiguração das práticas comunicacionais nas cidades. Novas experiências emergem no espaço urbano do diálogo entre lugares/objetos e dispositivos comunicacionais digitais móveis processadores de informação. Esse artefatos digitais móveis como o GPS, telefones celulares, palms e laptops e o Bluetooth possibilitam mudanças culturais na vida urbana. As locative medias são utilizadas para agregar informação digital a um lugar específico, realizando funções de mapeamento e monitoramento de movimento, vigilância, localização, anotações ou jogos e geoprocessamento.

Exemplos de Mídia locativa

Yellow Arrow

O Yellow Arrow é um projeto da arte global. O objetivo é marcar lugares e vistas especiais da cidade com setas amarelas. Na seta está um código SMS especial, com o qual você pode deixar uma mensagem naquele lugar para uma outra pessoa receber ou você recebe uma mensagem deixada por uma pessoa que esteve lá. Todas as setas são coletadas e documentadas no web site.

A mídia locativa nesse projeto tem funções de mapeamento, geolocalização e mapeamento. O Amsterdam Realtime tenta visualizar os mapas mentais que cada usuário tem, através da análise do seu comportamento móvel na cidade.